terça-feira, 14 de junho de 2011

As Pontes de Madison (atendendo a pedidos II)

Quem ainda não assistiu AS PONTES DE MADISON (The Bridges of Madison County), talvez não entenda o que vou escrever sobre esse filme. Atendendo ao pedido da minha amiga Nathalia Leinig, comecei a refletir sobre essa história, que fala de um amor avassalador que acontece em 4 dias. Para mim, a palavra que resume o filme é INTENSIDADE. Ela é tão forte e tão real que parece que os 4 dias duram anos. Bem resumido, Clint Eastwood faz um fotógrafo da National Geographic, Robert Kincaid, que vai até o condado de Madison, no interior do Iowa - EUA - fotografar as famosas pontes cobertas. E nessa viagem, ele conhece Meryl Streep, que faz Fancesca, uma italiana casada com um americano, dois filhos, e que está sozinha cuidando da fazenda, já que sua família estava viajando.
A história vai se desenrolando, eles vão se conhecendo, mas a paixão é tão forte e tão presente, que ninguém (nós, pobres mortais) quer que aquilo acabe. Vocês podem perguntar: e daí? Não tem nada de novo nessa história. Porém, todavia, entretanto, aquela verdade que eles vivem, mostrada com respeito e carinho faz parte de um mundo distante da realidade dos dois. E é nesse momento, que o filme mostra toda a sua dor e profundidade. E claro, os questionamentos: será que um amor com pessoas tão diferentes acontece mesmo? Será que todo mundo tem a coragem de assumir um relacionamento assim? Deixar o marido e os filhos para viver uma grande paixão? Detalhe importante: a história se passa nos anos 60, ou seja, algo mais difícil de assimilar pela época. Os hippies ainda não tinham chegado no Iowa. Ele faz de tudo para que ela vá embora com ele e ao mesmo tempo, entende a situação que ela vive. Por isso, ele deixa claro a sua vontade, mas deixa a decisão na mão dela.
A melhor cena das "Pontes" é aquela em que ela está no carro, com o marido, que desce num posto de conveniência. Ela vê o carro de Robert do outro lado da rua esperando por ela, e ali naquele exato momento, dá vontade de gritar. Sim, porque ela não vai. Apesar disso, ela nunca o esqueceu e vice-e-versa. O amor dos dois ficou guardado nas lembranças, e só após a morte dela (muitos anos depois) é que os filhos descobrem tudo o que tinha acontecido (o filme passa em flashback). E mesmo com um final triste, o lado bacana dessa história é o cuidado que eles tem um com o outro, o respeito e a admiração. E o talvez o pior: a certeza que ambos tinham de serem almas gêmeas, e que não ficam juntas.
Mesmo que muitos digam que isso é coisa de cinema, eu acho esse filme muito verdadeiro. Sem dúvida, tem toda perfomance dos dois atores que é fantástica, e também a própria direção de Clint Eastwood. Mas acredito que duas pessoas podem se apaixonar e se descobrir na idade adulta (como é o caso) e podem sim, viver um grande amor.
Tomara que todo mundo ache seu amor (quem ainda não encontrou), e espero que ninguém tenha que passar por um dilema desses. Mas sem dúvida, nos dias de hoje é muito mais fácil virar uma página e se extasiar de amor. Não é menos dolorido, mas é menos complicado. Eu pelo menos, procuro por isso.
Baccios!

domingo, 5 de junho de 2011

PULP FICTION - atendento a pedidos

Quem me conhece, sabe que sou uma amiga fiel, e por isso, estou atendendo o pedido da Nádia, minha amiga que ama PULP FICTION. Eu não tinha escrito nada ainda, pois pra mim, esse filme é ultra cult, um clássico do cinema, e fiquei com receio de escrever alguma bobagem. Passados os traumas, vamos aos fatos: 1. A trilha sonora é poderosíssima! Pra não dizer: perfeita! Hoje você essa moçada desinformada que ouve "Pump it", que eles acham que é criação do Black Eyed Peas, mas nada mais é que uma adaptação de "Punpkin and Honey Bunny Misirlou", e que é uma forte referência do filme. E tem mais: Al Green, Urge Overkill que regravou um clássico do Neil Diamond, Dusty Springfield. Enfim, só os the bests! 2. Pulp Fiction colocou o John Travolta de volta ao mapa. Esse filme foi a guinada na carreira de um cara que não se desprenda dos Embalos de Sabado a Noite. Ainda sobre o elenco, o Tarantino conseguiu juntar gente pouco conhecida (na época), como Samuel L. Jackson e Uma Thurman, com Bruce Willis e Cristopher Walken. 3. O roteiro: original e fantástico! É tão bom que ganhou o Oscar de roteiro original. Depois de Pulp Fiction, muitos filmes com histórias que pareciam desconexas e complexas começaram a pintar em Hollywood. 4. QUENTIN TARANTINO - ele conseguiu reinventar muitas coisas com Pulp Fiction, e claro, colocou o nome dele na calçada da fama (não sei se está lá de fato, mas merece). Não é qualquer um que junta uma boa história, com um bom elenco e uma boa trilha. O fato mais curioso desse filme para mim, é que quando o vi pela primeira vez, logo depois de lançado (o filme é de 1994 e eu vi em 1995) eu fiquei em estado de choque! Achei fortíssima a cena de overdose da Uma Thurman, entre outras, e fiquei assustada com aquele submundo em que as pessoas matam e saem para tomar café. Alguns bons anos depois, revi, e continuei achando o filme excelente, mas já me acostumei com a violência na tela. São os anos vividos na selva de pedra. Valeu Tarantino!!!!!

No more lists

Pessoal, apenas um aviso aos navegantes: não vou mais fazer a porra da lista de bandas e artistas em ordem alfabética. Percebi que ia virar escrava do meu próprio blog, algo que não é bacana e outra: gosto de escrever sobre coisas que me inspiram diariamente, e isso não tem ordem. Essa semana por exemplo, eu só ouvi SADE. E pensei, preciso escrever algo sobre ela no blog, mas ela é da letra S, e eu nem saí da A....kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. Ou seja, vamos voltar ao formato inicial. Bjos, Ká.

A de Arnaldo Antunes!

Confesso que nunca fui uma big fã do ARNALDO ANTUNES. Sempre gostei desde a época dos Titãs, mas depois na carreira solo, nunca pensei "vou comprar um CD", ou algo do tipo. Aliás, eu sempre gostei das parcerias dele, principalmente com a Marisa Monte, que essa sim, sempre fez a minha cabeça. Até que, vi o DVD dele: AO VIVO LÁ EM CASA. Esse show que foi gravado dentro da casa do Arnaldo é perfeito!!! Primeiro, a sacada de ser a casa, o lar. Ele montou o palco no terraço, e os convidados ficaram vendo de baixo e transitando pela casa. E que convidados: a abertura fica por conta dos DEMÔNIOS DA GAROA, que são ícones paulistanos. Depois, começam a chegar, Jorge Ben Jor, Erasmo Carlos, Wanderléa, Marina Lima, o cara da "Palavra Cantada" - que minha amiga que é mãe, a Adriana, reconheceu - enfim, uma coisinha básica, aqueles velhos amigos que frenquentam a casa da gente...rs. Ah, não posso esquecer de citar o Edar, guitarrista do Ira, que toca junto o tempo todo, é porque esse cara é "o guitarrista", para quem não sabe. Vale à pena assistir o DVD do início ao fim. O repertóorio é excelente, todas as músicas e participações especiais ficaram muito bacana, mas a minha favorita é VEM CÁ. Fica aqui a minha reconsideração, a minha mão a palmatória: ARNALDO ANTUNES É SHOW!