![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgULdiDHjzHloiZKdQIrMP9a8bNlQl1h50eXffC91Fbq-LwrbNlo-vDlAtB58KzSlF_Yf2sTP21njKkmPRCXI12_EBRLvug33uEIeIYEiwv49oZmUJ5DbBPMX-SD7AsToYsQQMrBDa4FYiz/s320/pontes_1.jpg)
A história vai se desenrolando, eles vão se conhecendo, mas a paixão é tão forte e tão presente, que ninguém (nós, pobres mortais) quer que aquilo acabe. Vocês podem perguntar: e daí? Não tem nada de novo nessa história. Porém, todavia, entretanto, aquela verdade que eles vivem, mostrada com respeito e carinho faz parte de um mundo distante da realidade dos dois. E é nesse momento, que o filme mostra toda a sua dor e profundidade. E claro, os questionamentos: será que um amor com pessoas tão diferentes acontece mesmo? Será que todo mundo tem a coragem de assumir um relacionamento assim? Deixar o marido e os filhos para viver uma grande paixão? Detalhe importante: a história se passa nos anos 60, ou seja, algo mais difícil de assimilar pela época. Os hippies ainda não tinham chegado no Iowa. Ele faz de tudo para que ela vá embora com ele e ao mesmo tempo, entende a situação que ela vive. Por isso, ele deixa claro a sua vontade, mas deixa a decisão na mão dela.
A melhor cena das "Pontes" é aquela em que ela está no carro, com o marido, que desce num posto de conveniência. Ela vê o carro de Robert do outro lado da rua esperando por ela, e ali naquele exato momento, dá vontade de gritar. Sim, porque ela não vai. Apesar disso, ela nunca o esqueceu e vice-e-versa. O amor dos dois ficou guardado nas lembranças, e só após a morte dela (muitos anos depois) é que os filhos descobrem tudo o que tinha acontecido (o filme passa em flashback). E mesmo com um final triste, o lado bacana dessa história é o cuidado que eles tem um com o outro, o respeito e a admiração. E o talvez o pior: a certeza que ambos tinham de serem almas gêmeas, e que não ficam juntas.
Mesmo que muitos digam que isso é coisa de cinema, eu acho esse filme muito verdadeiro. Sem dúvida, tem toda perfomance dos dois atores que é fantástica, e também a própria direção de Clint Eastwood. Mas acredito que duas pessoas podem se apaixonar e se descobrir na idade adulta (como é o caso) e podem sim, viver um grande amor.
Tomara que todo mundo ache seu amor (quem ainda não encontrou), e espero que ninguém tenha que passar por um dilema desses. Mas sem dúvida, nos dias de hoje é muito mais fácil virar uma página e se extasiar de amor. Não é menos dolorido, mas é menos complicado. Eu pelo menos, procuro por isso.
Baccios!
"As Pontes..." me toca por inúmeros motivos, e você listou vários deles! É sim uma história de intensidade avassaladora...de química instantânea, de "eu preciso ter você acima de tudo"...coisas que você não imagina acontecendo depois dos 18 anos haha, por isso talvez a gente torça tanto por eles! E, embora eu acredite que o amor só durou a vida toda porque eles não estavam juntos pra viver a parte complicada dos relacionamentos (ó o meu lado cínico aparecendo :P), eu não posso deixar de sonhar...em encontrar o meu fotógrafo da national geographic e ser feliz pra sempre!
ResponderExcluirValeu Ká!! Amei o post, como sempre!!
Em algum momento da minha vida quero ser Francesca Johnson!
ResponderExcluirA indecisão move dois mundos. Mas a sensação é de que o tempo não passa, não passou e nem vai passar.
ResponderExcluir